11:24

Ausente

Postado por Cláudia Pereira |



Eu ronrono

Aqui dentro

Onde arde

Uma angústia

Infinita

Permanência bruta

do que ainda sinto

por ti.....

18:40

Saudades apenas....

Postado por Cláudia Pereira |



Dentro desse estômago embrulhado

Víceras ocas dão voltas

Entre uma e outra

Elevando ao máximo

a solidão.

O frio que não sinto agora

É contraste brutal de todos meus

Sentimentos

A tristeza alegria desânimo fingimento

Suores escorrendo pelo corpo roliço

Raras vezes desnudo de ócio

Sobrepujando

Uma inexplicável saudade

Sem nome certo

Apenas saudade

Saudade

Saudade

Uma coisa inexistente

Antes nunca sentida

Porém

Eternamente

Analisada.


18:37

MANIFESTO DO MUTANTES SOBREVIVENTES

Postado por Cláudia Pereira |




Yeah, a vida é totalmente ordinária, mas nós não precisamos ser, ok? Por quê? Ora, nós somos joviais, inteligentes, confiantes, e as vezes (ou sempre) malvados com eles. Quem são eles? Eles são essas pessoas pequenas, insignificantes, sem graça, absolutamente desprovidas de charme, de alegria, de joie de vivre, perversas em todas as suas ambições.

Nós, somos mutantes perdidos à procura de auto conhecimento, de novas descobertas, de novas tendências. Somos sobreviventes dos maravilhosos anos 80 (a quem amamos acima de tudo), mas estamos aqui, no século 21, correndo atrás de nossas identidades perdidas, armados até os dentes com nossos mísseis anti-depressão. Temos nossos super heróis que assim como nós estão em busca do planeta perfeito.

Vc, assim como eu, tb é um sobrevivente. Um sobrevivente do medo, do rancor, do ódio, da incapacidade intelectual. Nossos olhos enxergam além dessa tela vazia que é a vida, pois somos cheios de imaginação, e como Mia Farrow em “Rosa Púrpura do Cairo” preferimos viver a fantasia em preto e branco. Não nos interessa a superficialidade das coisas, mas sim a integração do nosso mundo à natureza.

Nossos ouvidos estão sintonizados com parabólicas que nos levam a outros continentes e nos fazer ver imagens em terceira dimensão. Nossa trilha sonora é a base de sons estridentes & calmos. Temos preferências, mas não fazemos disso uma bandeira brutalizante da moda, do fashion week. Praticamos sexo como se pratica yoga, na mais absoluta paz, sem outdoors ou outing...

Sonhamos de olhos abertos, pois temos medo de dormir e acordar nos terríveis anos 70. Celebramos nosso amanhecer no quintal, brindando sempre & sempre ao eterno retorno de nossas crianças interiores.

Estamos eternamente em comunhão. Temos o compromisso com o autêntico, com o verdadeiro, apesar de nem sempre termos acesso a ele.

Não somos covardes. Estamos prontos para qualquer batalha, mas nos reservamos o direito do silencio do pensamento. Assim, nos tornamos sábios e irresistíveis.

Como já disse antes, a vida é muito ordinária, mas isso não nos diz respeito, já que somos imunes a ela.....e também imune a qualquer spray do racionalismo e preconceito, da mesmice, do convencionalismo moral. Somos contemporâneos sem compromissos com a esquerda ou direita, azul ou vermelho, branco ou negro. Vivemos no mais absoluto abismo de todas as incertezas, buscando nosso paraíso particular que pode estar aqui ou ali...ou em qualquer lugar....

Não buscamos fama & dinheiro. Nosso plano de conquista é amplo, mas exclui tanques de guerra e porta-vozes americanos com metralhadoras e microfones. Somos aliados dos que buscam assim como nós, um mundo mais digno e mais alegre. Não fazemos oba oba de carnaval, nos trancamos em nossos quartos e dançamos a nossa música particular.

Celebramos nosso ano novo com modestos foguetes via marte, embutido de mensagens anti seqüestro, anti assalto, anti matança, anti ataques.....E esperamos resgatar com o nosso sopro de atitude e tolerância o que julgamos ser imprescindível para a nossa sobrevivência:

PAZ. HARMONIA. COMUNHÃO.

06:51

Pop

Postado por Cláudia Pereira |




Danço


Rodopio


Pulo


Salto


De cinco


Pra baixo


Dando pirueta


na dance floor


Lotada


de gente estranha


que


faz mímica no espelho


sem


revelar nenhum segredo.

06:33

Sofá

Postado por Cláudia Pereira |



O sofá é uma arma

com a qual eu silencio

o medo abstrato

de ser eu.

18:05

Felinas

Postado por Cláudia Pereira |





As gatas miando sem parar

Uma enroscada na perna

Outra embaixo do sofá

Ambas querendo afeto

Retendo ódio mútuo de inveja

Desse colo meu

Que serve a todas

Sem pedir retribuição

Um amor egoísta

De posse

Delas

Comigo

E de mim

Pra elas

Somos todas


Gatas

Miando no quarto

Movendo o rabo em direção

a

lua.

17:54

O Fim

Postado por Cláudia Pereira |




Olhei pra cima e vi uma fumaça cinzenta

Dando oi ao redor do planeta

Pensei:

The End...

O castigo final do Deus repressor

Que veio finalmente

Calar meu grito de revolta.

O relógio tocou

7 da manhã

Foi mais um pesadelo

Com gosto amargo

Não realizado.

Afinal de contas

Eu rejeito

A mediocridade

Do fim do mundo.

07:07

Definições

Postado por Cláudia Pereira |

Manaus

Por que será que não consigo te amar?

Teu calor

me assombram

O inverno que não existe

O vento que nunca vem

A fumaça do solo seco

As pessoas tão felizes

um caos que amedronta

uma paz que não se realiza

é barulho demais

cidade da insônia

que esconde suas neuroses

em cada bar do bairro.

Sem fingimentos

Manaus pulsa

se revelando uma verdadeira

ceifadora de sonhos.

No caso...

os meus.

07:00

Um dia o Morrissey foi meu.

Postado por Cláudia Pereira |


Sonhei em casar contigo.
E ser tua esposa
mãe
irmã
colega de quarto
que fosse
whatever
queria acordar te ouvindo cantar
no meu ombro
roçar meu rosto nesta pele áspera
da barba
só pra dormir depois
agarrrada nos teus vinis
sussurando
velhas canções em inglês desbotado.

06:53

Meta

Postado por Cláudia Pereira |

Clean.

Limpeza.

Obsessão.

Necessidade

Objetos no lugar

Exato
Papéis
em
ordem

Fios de cabelos
desordem
poeira

pavor
medo
intenso


de perder
o
foco

de

quem
eu

sou.

06:36

Todas as semanas de amor

Postado por Cláudia Pereira |


Não tenho vergonha de assumir que um dos filmes que mais amo é Nove e meia semanas de amor.

Mickey Rourke no auge da beleza. Kim Basinger gostosona.

E sexo...muito sexo.

O cara literalmente devorava a garota de todos os jeitos.

Era amor....dizia ele.

A trilha sonora conduzia tudo ao gozo propriamente dito.

E nós mulheres, tão sedentas de aventuras, de conquistas...

queriamos para nós um homem que nos pentiasse, que nos alimentasse..

E que nos devorasse quando a noite caísse....

Seria pedir demais?

Óbvio que isso nunca aconteceu comigo.

Me cansei da figura masculina cedo demais.

Mas, será que eu resistiria a um homem como esse?

Hoje, eu sei que essas coisas não existem.

Homem nenhum tem paciência para seduzir uma mulher com tanta imaginação.

O glamour dos 80's acabou.

Tudo o que resta é o capitalismo sexo pago do século 21.

Homens de um lado.

mulheres de outro.

E os direitos iguais sepultando o charme de um gentleman.

06:29

A lua que brilhou nos anos 80's

Postado por Cláudia Pereira |



Under blue Moon I saw you

So soon you'll take me

Up in your arms

Too late to beg you or cancel it

Though I know it must be the killing time

Unwillingly mine...



The Killing Moon - Echo & The Bunnymen.

06:16

7

Postado por Cláudia Pereira |

Eu & você.

Duas mulheres.

Amigas.

Confidentes.

Amantes.

As vezes somos perfeitas.

Mas também brigamos.

Quebramos coisas.

Xingamos a toa.

Depois fazemos a pazes.

No cobertor ou fora dele.

Dizem que somos perfeitas uma pra outra.

Ainda não sei.

Acho que combinamos porque sentimos o mesmo.

Nos amamos.

Nos adiamos.

Queremos o mesmo futuro.

Vendo assim parece fácil.

Mas não é.

Tem dias que é complicado.

Superar neuroses nunca é fácil.

Mas, pelos menos eu tento.

Faço a minha parte porque sim.

Porque amo.

Porque acredito.

Porque quero muito envelhecer contigo.

Arranhando minhas costas.

Beijando minha face.

Me olhando e elogiando aquilo que somente você vê.

Existe algo mais profundo que isso?

Ser amada em toda plenitude,

com as gorduras localizadas, as estrias e celulite.

A teus olhos sou a própria Sophia Loren.

E eu deixo você com a sua miopia.

Pois ser amada por você é um luxo

único...

exuberante...

inigualável.

É o chocolate branco suíço

Coberto de caldas de amor.

Derramo lágrimas salgadas

de saudade sincera.

Estou indo pra casa.

06:46

O olhar horizontal do desejo

Postado por Cláudia Pereira |

Não me olha assim

que eu me afundo

me infesto

vou com tudo

e esqueço

esse desejo enorme

de não querer

querendo

mergulhar

nesse azul enorme

que lembra o mar da alma

tão deslumbrante

quanto um beijo

promessa de

uma felicidade que eu

nem acredito.

Deixa eu sonhar

com

tolices que esses

olhos me

anunciam

simplesmente

por não saber do perigo que corro.

06:40

Shoes

Postado por Cláudia Pereira |

Sabe o que quero?

quero não querer nada

Feito um sapato velho

jogado lá no canto do quarto

cheio de baratas

tendo apenas teia de aranha

como companhia

Ou

um par de meias igualmente

velho e sujo

porque é assim que tudo tem que ser

um baú de recordações repleto

de lembranças sem sentido.

06:33

Liz...

Postado por Cláudia Pereira |


Liz Taylor morreu.
Foi linda.
Rica.
Famosa.
Amou muito.
Também foi amada.
Desejada.
Teve jóias.
Carros.
Homens.
Sucesso.
Quase tudo.
Mas morreu.
A morte é a única certeza absoluta.
O resto é chama que se mantém acesa por segundos..minutos...antes que o vento venha e devore tudo... com o seu imediato hábito de destruir e simplificar.
A vida é assim e ponto final.

11:49

Meu Lar

Postado por Cláudia Pereira |


Minha casa é aquilo que eu sempre quis de um lar.

Quartos grandes. Dois banheiros distintos. Cozinha razoavelmente espaçosa.

Ela pode não ser o modelo perfeito presente nas revistas de decorações.

Tudo bem.

Adoro as poltronas da sala.

Grandes e confortáveis .

É nelas que repouso todas as minhas ambições cinematográficas.

Pela primeira vez na minha vida, eu realmente me sinto à vontade.

E a mania de limpeza?

Obviamente que continuo procurando teias de aranhas e pó nas prateleiras.

Algo de muito inquietante acontece quando vejo lugares sujos.

Nada mais me deprime do que uma pia repleta de restos de comida.

Não acredito que isso mudará.

Talvez eu sempre tenha sido assim.

Talvez tudo do que precise seja um pelotão de empregadas com vassouras pra lá e pra cá, enquanto leio calmamente e dou ordens.

De qualquer forma, eu sei que acabaria fazendo tudo do meu jeito.

Certas coisas não mudam.

Apenas deixam de ser porque morremos...

assim...

feito plantas sem água em dia de sol.

12:44

44

Postado por Cláudia Pereira |

Ouvido arrebentado por algum motivo.

Olhos que coçam sempre.

Óculos de grau com defeito?

Deve ser.

Sinto uma parte de minha se desmachando.

Quase indo embora.

Não quero me convencer de que estou velha.

Nada disso.

São problemas apenas.

Coisas da idade.

Sou meio neurótica com sintomas.

Diabética?

Dane-se.

Tento de verdade não me sentir acuada.

Mas, é tão difícil sobreviver à data de nascimento.

44 anos.

Poucos.

Ainda atenta e disposta.

Mesmo assim, eu assumo um enorme pavor da velhice.

Não quero sofrer muito.

Espero morrer calmamente

Ouvindo Madredeus

sem uma arma na mão.

12:41

Travessia

Postado por Cláudia Pereira |

Envolta numa bruma

densa

olho de longe pro altar de pedra

uma ponte meio torta

distorcida entre nuvens

resquícios suaves de algodão

atravesso o meio fio

completamente absoleta

imune à beleza do temporal

que invade meu rosto

de uma vez por todas.

13:19

Clock

Postado por Cláudia Pereira |

Falta pouco.

As horas avançam.

Eu espero.

Olho pro relógio.

De novo

De novo

E

de novo

Os segundos atropelam o táxi

enquanto

eu sigo a

em direção ao sofá

encardido da sala.

10:03

A Árvore da Vida

Postado por Cláudia Pereira |


Devo explicar que não sou ninguém. Uma mulher. Pouco diferente da maioria. Bem igual mesmo. Penso. Sonho. Brigo. Odeio. Gosto. Implico.
Sei de tudo um pouco. Nada sei depois. Transpiro no calor. Choro no frio. Gozo quando quero. Não troco amor por prazer. Descobri que tudo é válido. Mas tem coisas que não quero pra mim. Cartão de crédito. Conta bancária. Carro na garagem. Obrigações que temo. Sou afoita. Visa ou Credicard. Visto permanente em Mônaco. Lancha importada. O jet set é caro.. Ainda procuro um espaço pra colocar minhas velharias. Enquanto isso, navego em dívidas. Luz. Água. Tv a cabo. Faço de tudo para o tempo passar mais rápido. Só pra descobrir depois que não faz diferença. Lá se foi mais um dia de agonia. Acabou o domingo. Volto pra segunda-feira. Meus papeis na mesa. A calculadora. O computador. Fazem parte do dilúvio em mim mesma....
Findou o devaneio. Sou real e preciso comer.

07:02

A lição da semana

Postado por Cláudia Pereira |


Quase não tenho vontade de ser simpática.
As pessoas não me animam muito.
Sempre que tento termino por me sentir falsa.
Parece que encarno um só personagem.
Esnobe, tediosa, observadora.
Sinto que meus olhos passeiam pelos outros sem o mínimo interesse.
Sei que tento fingir e tb sei que raramente funciona.
Algo me diz que já notaram a minha fraca atuação.
Não sou doida. Nem doente. Nem paranóica.
Gosto de poucas coisas.
Uma boa música. Barulhenta. Nas alturas. Para eu sentir o coração pulsando.
Uma comida que arda no céu da boca.
O miado da Lola querendo carinho.
A jú com seu cigarro de qualquer hora.
Esses pequenos detalhes me satisfazem.
Fico zangada quando sou obrigada a receber quem não quero em casa.
E nesse findi foi um exercício de paciência.
Não deu certo.
Fracassei novamente.
Decidi que prefiro o meu lar pouco habitado.
Nada de amigos e seus namorados ou amigas ou seja lá quem for.
Apenas o meu mundinho bem comum.
Basta de invenções.
Não existe fórmula exata para ser feliz.
Tudo é tão simples quanto um feijão com arroz.
Tempero, amor e uma dose de tédio caem bem....

06:57

Blue

Postado por Cláudia Pereira |

A água me comove com sua cor azul e brilhante. Mergulho em suas ondas gigantescas de cabeça. Vou indo ao fundo..ao fundo...pra retornar toda molhada de sonhos. Sem relógio de pulso no braço, afundo na contagem regressiva do tempo....Onde nada mais importa a não ser a morte prevista..

06:27

?

Postado por Cláudia Pereira |


Não me olho em espelho. Odeio espelho. Sinto medo dele. Me vejo como sou e odeio como sou. Me acho feio. Sem graça. Invisível. Uma mulher com olheiras. Olhos enormes. Cabelo desalinhado. Nariz torto. Dentes errados. Hálito que nem quero saber. Não amo nada em mim. Nem sou uma pessoa boa. Razinza. Melancólica. Insuportável e neurótica. Sou Monk. Sempre com o pano na mão. Procurando fungos. Encontrando fungos. E falando sempre "eu sabia".
No final. O espelho é o meu pior inimigo. Deixei de me ver há anos. Desde criança. Nem sei se me conheço mesmo. Só sinto que não faço parte de nada. Nenhuma revista me serve. Nem uma moda me veste. Sou então. Uma pessoa idêntica a outras milhões por aí que perdeu a identidade um dia...

06:15

Stupid Girl

Postado por Cláudia Pereira |

Vai pra merda lady gaga. Devolve a peruca. Os Cílios. O nariz perfeito. Vai bancar a cool girl em outro manicômio. Etiquetas penduradas no varal. Gucci ou Prada ou D&G. Whatever. Consumo pop fácil. 2011 mentiras contadas. Juram que é novidade. Prefiro a Debbie. Enchi de menina bonita branca com cara de má. O underground é logo ali. Paga pra entrar. Tem pulseira brilhante. Óculos caro. Tudo muito Joyce Pascowitch. Produtinho THX pré fabricado em made in china by USA.

06:10

Minha pequena Suíça

Postado por Cláudia Pereira |


Faz de conta que eu vivo aí.
nessa casinha de palha
em meio às árvores
com vacas
árvores
uma montanha lá atrás
não tem barulho
nem buuuuuuuuuum!
Absoluto silêncio
com a natureza
na espreita do dia
ofertando aquilo que nunca tive
harmonia
&
liberdade
em casa.
P.S.: Para Jorge Brasileiro, meu amigo que hoje desfruta do paraíso propriamente dito!

06:02

R.G.

Postado por Cláudia Pereira |



Labirintus dos meus segredos que eu guardo em algum canto. Sala largada de mim mesma que foi sendo despejada de todos os sentimentos. Ficou oco feito qualquer coisa. Sei lá o que vem a ser esse infinito instinto de sobrevivência. Todos os cantos que não sou eu e nunca fui eu. Continuo em órbita gradual do rato de teste. Tateando no escuro com um buraco do nariz entupido de maizena....

05:51

Fazendo fumaça

Postado por Cláudia Pereira |


Eu sou uma fumante faz de conta.
Trago pouco porque odeio o sabor da nicotina.
Puxo sem força
Solto bem rápido pra não sentir aquele fedor comum da fumaça.
nem sei porque finjo fumar.
Não acho chic nem in nem out.
É apenas uma forma de queimar o tempo .
Jogo a bagana fora
Lavo as mãos
os rostos
e fico me martirizando por ser tão idiota.
Tento sem sucesso
ser rebell
tudo o que consigo é ser patética
não tenho vocação
pra nada
a não ser
paisagista ....

11:00

Findi

Postado por Cláudia Pereira |

Sobrevi ao caos.

Voltei do mesmo jeito que fui.

Sã.

Me deparei com pensamentos.

Era eu mesma me fazendo perguntas absurdas.

Será que sou feliz ou tudo é um sonho?

Não me entendo muito.

Tem dias que dá vontade de sorrir.

Em outros não quero mais nada.

As cinzas do reveillon

não deixaram saudade.

Espero que demore outra comemoração

Não sou alegre o suficiente para festejar datas assim....

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